Da Dor à Bússola Interior: A Jornada de Cláudia Kluck Para Ressignificar a Vida e Inspirar Mulheres

A entrevistadora Márcia Pinotti e a psicanalista Cláudia Regina Kluck sentadas em um sofá cinza no estúdio de gravação, sorrindo para a câmera. Márcia segura o microfone do programa.

Escrito por Ghibson Yuri

Em uma conversa emocionante com Marcia Perinoti no programa “Olha Ela”, a psicanalista, escritora e palestrante Cláudia Regina Kluck compartilha sua poderosa trajetória de superação, desde uma infância humilde e um casamento traumático até se tornar uma referência no apoio à saúde emocional feminina. Uma história que prova que toda dor pode ser transformada em força.

O Caminho da Ressignificação

A jornada de Cláudia Kluck começa em uma realidade de muitas mulheres brasileiras: uma família simples e pobre no bairro Vila Oficinas, em Curitiba. Com uma honestidade tocante, ela relembra as dificuldades e as escolhas que fez com a bagagem que tinha na época. Um primeiro casamento marcado pela violência e sofrimento a levou a um ponto de virada crucial.

“A primeira força de verdade foi quando eu olhei em volta, olhei para os meus filhos e disse: ‘Se eu permanecer aqui, eu não vou sobreviver'”, relata Cláudia.

Esse foi o passo inicial para uma grande transformação. Já com os filhos adultos, ela decidiu voltar a estudar. Movida pela fé e por uma sede de viver, Cláudia não apenas concluiu uma faculdade, mas seguiu para um mestrado em Teologia e um doutorado, portas que se abriram através de oportunidades e de sua determinação em não deixá-las fechar.

Ela destaca a importância de reconhecer o próprio valor, mesmo quando a autossabotagem insiste em dizer o contrário. “Eu olhava primeiro para cima e dizia: ‘Senhor, o que o senhor quer com isso?’. Depois eu olhava para dentro de mim: ‘O que é que eu quero com isso?'”, explica. Sua história é a prova de que não importa o quão doloroso seja o passado, é possível ressignificá-lo e usá-lo como uma bússola para o futuro.

“A grande mensagem para nós mulheres é que a gente consegue pegar qualquer coisa e criar algo melhor. Ainda que sejam dores, ainda que seja pesado, nós conseguimos sim criar um caminho.” – Cláudia Kluck

"Em um estúdio de gravação, a entrevistadora Márcia Pinotti (à esquerda) e a psicanalista Cláudia Regina Kluck (à direita) sorriem para a foto. Márcia segura um microfone, e Cláudia exibe a capa de seu livro, 'Almas Livres'."

A Missão de Curar e Conectar

Hoje, Cláudia utiliza sua vasta experiência de vida e formação acadêmica para ajudar outras pessoas. Seu trabalho principal é focado na saúde emocional, especialmente de mulheres que enfrentam situações de violência e vulnerabilidade.

DNA da Mulher Brasileira: Cláudia é uma das integrantes do “DNA da Mulher Brasileira”, uma iniciativa de base cristã que forma líderes para oferecerem um acolhimento sensível e eficaz a mulheres em situação de violência. “A mulher precisa estar pronta para fazer qualquer coisa. Estar pronta não é o meu tempo, não é o seu, é um outro tempo”, ressalta ela, enfatizando a importância de uma escuta sem julgamentos. O projeto oferece um curso online com mais de 20 temas que sensibilizam e capacitam mulheres para se tornarem agentes de mudança em suas comunidades, criando um verdadeiro “ciclo do bem”.

Cláudia também atua em empresas, levando palestras sobre saúde emocional e destacando a urgência da humanização nas relações em um mundo cada vez mais digital e superficial. Para ela, a cura está na conexão real, no olhar, no toque e na coragem de ser vulnerável.

Canais de Apoio:

  • Instagram: @psi.claudiareginakluck
  • Grupo de Equilíbrio Emocional (WhatsApp): Entre em contato pelo telefone (41) 99971-4411 para ser adicionada e receber insights sobre gestão emocional.
  • Projeto de Apoio: Busque por “DNA da Mulher Brasileira” no Instagram.

Ferramentas Para Uma Vida Mais Leve

Além de seu trabalho como psicanalista, Cláudia descobriu na escrita mais uma forma de cura e expressão. Autora de cinco livros, incluindo didáticos e colaborações como “Coração de Deus em Mim”, ela vê a escrita como um presente e uma poderosa ferramenta terapêutica. “Na escrita dessa biografia muito simples, [uma paciente] se deu um valor diferente. Ela hoje se sente uma escritora porque registrou a própria história”, conta.

Em seus atendimentos, Cláudia percebe que a raiz de muitos sofrimentos está na rejeição, na autossabotagem e na crença em mentiras que nos contaram sobre nós mesmas. O caminho para a mudança, segundo ela, começa em desafiar essas mentiras e se dar o direito de não ser perfeita.

Dica Prática: O Poder da Respiração para Acalmar a Mente Para os momentos de angústia, tensão ou quando os pensamentos estão acelerados, Cláudia ensina uma técnica de respiração simples e transformadora, que ajuda o cérebro a encontrar clareza para tomar decisões.

Exercício de Respiração em 4 Tempos:

  1. Inspire lentamente pelo nariz, contando mentalmente até 4.
  2. Segure o ar nos pulmões, contando novamente até 4.
  3. Expire suavemente pela boca, esvaziando todo o ar, enquanto conta até 4.
  4. Repita o ciclo por alguns minutos, até sentir sua pulsação se acalmar e a mente clarear.

“Não sabe o que fazer? Não faça nada. Só respire para dar tempo de ter pensamento com qualidade.”

Uma Mensagem Final Para Todas as Mulheres

Ao final da entrevista, Cláudia deixou uma mensagem inspirada e direta para toda mulher que já se sentiu perdida, cansada ou incapaz:

“Se você se sente menos, se você se sente incapaz, se você se sente presa… A vida não é para ser peso, a vida é para ser caminho. E no caminho a gente vai acertar e errar. É importante que a gente vá. Tropeçou? Levanta. Doeu? Continua.

Tudo que eu já passei, tudo que eu já sofri, não fez sentido naquela época. Naquele momento, era só dor. Se você está sentindo hoje só a dor, tenha paciência, seja generosa com você. Colecione esse peso, porque ele vai te servir de suporte para você ir mais alto, ou ir além.

Não desista desse projeto chamado vida. Não está entendendo suas emoções? Não fique sozinha. Nós estamos colocados para o amor. Para construir lugares de paz, onde as pessoas possam se encontrar com elas e conosco. Vamos juntas?”

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